Incentivo à energia solar cresce nos últimos meses
Em um ano, a produção de energia solar fotovoltaica no Brasil cresceu quase 50 vezes. Em janeiro de 2017, eram 27,8 MW operacionais nas usinas de energia solar do país, enquanto no mesmo período do ano seguinte, a matriz energética brasileira passou a contar com 1322 MW. É um salto de 0,1% para 0,83% de toda a eletricidade gerada no país. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Embora a energia solar fotovoltaica ainda represente pouco dentro da matriz energética nacional, anualmente, o seu crescimento é exponencial. Esse aumento de cerca de 47 vezes na produção de energia solar mostra que o setor tem recebido incentivos maiores nos últimos tempos.
Do ponto de vista dos marcos regulatórios, a energia solar acabou ficando para trás quando, em 2004, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) acabou deixando a energia vinda do Sol de fora dos incentivos financeiros oferecido, naquela época, principalmente à Energia Eólica e fontes energéticas relacionadas à queima de biomassa.
Contudo, se os incentivos não vieram dos setores estatais quando necessário, há aproximadamente quinze anos, outros setores privados da sociedade se mobilizaram para viabilizar projetos em energia solar. É o caso de linhas especiais de crédito para o financiamento de equipamentos ou da construção de usinas responsáveis pela geração dessa energia limpa e sustentável.
É o caso da usina Sertão I Solar, localizada no município de João Costa, no Piauí. O projeto recebeu cerca de R$ 550 milhões em investimentos em setembro. Porém, em vez de receber dinheiro público, a usina de geração de energia solar emitiu debêntures - papéis que investidores adquirem com a intenção de receber rendimentos no futuro - para um prazo de 14 anos.
A emissão inicial dos papéis era de R$ 130 milhões, mas o interesse dos investidores foi tão grande que o empreendimento acabou recebendo mais do que o triplo do valor estipulado inicialmente. A taxa de rendimento dos debêntures da Sertão I é de 1,2% por papel adquirido. Este acontecimento é particularmente extraordinário, pois os investimentos não têm a proteção de fundos garantidores de risco, o que deixa os investidores à mercê do sucesso do projeto no prazo determinado.
A leitura de especialistas em mercado do Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Estadão, é a de que os investidores do mercado brasileiro e internacional têm se interessado cada vez mais por projetos que incentivem a geração de energia limpa e renovável, demonstrando um amadurecimento do setor no país. Além da expectativa em retorno financeiro, os investimentos também demonstram um compromisso com a responsabilidade social.
No Brasil, a energia elétrica não é uma das principais responsáveis pela emissão de gases tóxicos, segundo o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC). A entidade aponta que os principais vilões do meio ambiente aqui são a agropecuária, o desmatamento e o setor de transportes, visto que boa parte da matriz energética brasileira é oriunda de energia hidrelétrica.
Contudo, a operação de usinas hidrelétricas resulta em outros danos irreversíveis para o meio ambiente e os ecossistemas brasileiros. A cada nova usina instalada, milhares de quilômetros quadrados precisam ser inundados, acabando com a vida de ecossistemas inteiros ou obrigando povoados a deixar suas terras. Este é um dano ecológico que as instalações de energia solar fotovoltaica não causam, o que reforça esta modalidade de energia frente aos novos investimentos.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que representa os interesses dos players do setor no país, a energia vinda do Sol é a segunda fonte de energia mais competitiva no quesito do retorno financeiro para os usuários brasileiros. Esse é um resultado a se comemorar, pois o primeiro leilão público desta fonte de energia foi realizado apenas em 2014. Ou seja, em 4 anos, o modal solar já conseguiu se amadurecer suficientemente para superar em eficiência energética outras fontes mais consolidadas na matriz brasileira.
Atualmente, o maior incentivo ao uso de energias renováveis em nosso país tem um efeito considerável sobre o custo operacional dos agentes que atuam no setor, bem como para o consumidor final familiar, que conta com um desconto de 50% na Taxa de Uso dos Sistemas de Transmissão e da Taxa de Uso dos Sistemas de Distribuição (Tust e Tusd). Este subsídio se aplica tanto para a energia solar fotovoltaica como também para outras energias limpas.
Com este incentivo, se torna menos oneroso investir em energia solar para casas, condomínios e indústrias, mas ainda é pouco. As autoridades brasileiras já demonstraram em eventos internacionais o interesse em ampliar os incentivos para as energias limpas (solar, PCH, biomassa e eólica) a fim de diversificar mais a matriz energética.
Outro diferencial da energia solar fotovoltaica é a possibilidade para a unidade consumidora (usuário final) de gerar créditos em energia que poupam a conta de luz no fim do mês. A unidade é ligada à rede pública de eletricidade, mas também gera energia elétrica através de sua estação fotovoltaica. Quando a geração própria é maior do que a demanda da unidade, a eletricidade é inserida na rede pública, gerando descontos na fatura de energia.
Levando em conta o aumento dos incentivos, tanto públicos como privados, à geração de energia solar fotovoltaica, além dos avanços tecnológicos que reduzem os custos operacionais dos sistemas de geração, a oferta em produtos e serviços no setor também cresceu para atender à demanda com qualidade.
A Energia Total é uma das empresas que atua na área da energia solar fotovoltaica, com uma linha completa de produtos para projetos pequenos e grandes de geração energética em áreas urbanas ou rurais. Pioneira, é o maior player do setor no estado do Mato Grosso, com estrutura operacional para instalar projetos até mesmo em áreas isoladas, como reservas indígenas.
O potencial físico (bruto) de geração de energia solar no Brasil é maior do que a de todas as outras fontes energéticas, o que demonstra o potencial do país para o aproveitamento deste modal. Empresas como a Energia Total ajudam usuários brasileiros a aproveitar uma energia 100% limpa e renovável, com alto retorno dos investimentos e baixo custo de manutenção do sistema fotovoltaico.
acesse: www.energiatotal.com.br